I - Nome e personalidade - Nada se sabe, realmente, a respeito de Habacuque, fora do livro que contém o seu nome. Às vezes até se duvida que o seu nome seja originalmente um nome pessoal ou meramente uma designação simbólica (Comparar com o nome Malaquias). De todos os modos é uma forma singular e poderia haver-se derivado, se é que não foi tomado de empréstimo, da palavra assíria “hambkuku” (uma espécie de hortaliça) ou da raiz “habkak”, cujo significado é “abrasar”. Também pode ser “alguém que luta com Deus”, ou “amado de Deus” ou ainda “consolador do seu povo”. Lutero aceitou esta etimologia, observando que “Habacuque tem um nome de acordo como seu ofício. Porque significa um animador, ou um que toma o outro em seus braços e no coração, como se consola uma criança que chora, dizendo-lhe que se cale.” Como Ageu e Zacarias, Habacuque é chamado explicitamente “o profeta” (Hc. 1:1), o que pode dá a entender que foi um homem de Judá e um residente bem conhecido em Jerusalém e, portanto, intimamente familiarizado com a situação política local (Hc. 1:3-4). De todas as maneiras, há suficiente motivo para se crer que Habacuque tenha sido uma das grandes personalidades de sua época.
Não como um dos falsos profetas a quem
Jeremias desejou a morte. Ele também poderia ter sido um membro
importante da escola de Isaías, isto é, um discípulo deste (Isaías
8:16). É verdade que ele era um livre pensador entre os profetas e em
certo sentido o pai da dúvida religiosa. Contudo, ele era também um
homem de grande fé, precisamente o gênero de homem que Deus deseja
comissionar para a inauguração de uma nova época na história da igreja.
Ele deve ser identificado com a “sentinela” mencionada em Isaías 21:6,
enviada em busca de sinais da queda de Babilônia. Ou como sugerem os
rabinos judeus, com o filho da mulher sunamita que Eliseu ressuscitou (2
Reis 4:36-37), mas não podemos garantir. Mesmo assim, sabemos que o
profeta era um filósofo sério e puro, dono de uma originalidade e força
moral incomuns. Que ele era sensível e especulativo.
O “suplicante” entre os profetas e um pregador do otimismo teocrático.
A tradição acrescenta muitos detalhes de
nenhum valor a respeito dele, como por exemplo, a história de “Bel e o
Dragão” (vs. 33-39) diz que ele levou uma sopa a Daniel, que havia sido
atirado pela segunda vez à cova dos leões por Ciro, na Babilônia.
Segundo o prefácio à mesma história no Códice Chisianus da Septuaginta, ele era um homem da tribo de Levi, enquanto na obra “Vidas dos Profetas”
ele pertencia à tribo de Simeão... O profeta teria fugido para o oeste
de El-Arish, na costa Egípcia, tendo regressado à sua terra, onde
faleceu antes do regresso dos judeus da Babilônia, em 536 a.C. Eusébio
em seu onomástico acrescenta que no seu tempo o sepulcro de Habacuque
era mostrado, tanto em Gabaah como em Keilah.
II - Propósito - O único propósito
do profeta foi o de predizer a vindoura destruição dos caldeus e assim
animar Judá no tempo da crise. Muito apropriadamente o livro começa com o
título que descreve o seu caráter: “O peso que viu o profeta Habacuque”
(Hc. 1:1). “A palavra ´peso´ [ou “burden” = carga na BKJ, ou “sentença”
na ARA] prepara o leitor para uma “declaração solene, ou um juízo
ameaçador ou uma sentença judicial contra algum inimigo estrangeiro”.
Outros profetas em geral começavam expondo os pecados do seu próprio
povo, tendo ficado a Habacuque o encargo de enfatizar a violência e os
excessos cometidos pelos opressores de Judá - os caldeus.
III - Data - A data das profecias
de Habacuque depende da identificação dos caldeus como os tiranos do seu
tempo, mais exatamente ao tempo específico em que teria começado a sua
carreira de conquistas (Hc. 1:6). Porque não há indicação no livro de
que até então ele se houvesse intrometido nos assuntos de Judá. Muitas
autoridades assinalam o ano de 604-603 a.C. Nínive havia caído em 606 ou
possivelmente antes, por volta de 612 a.C. Nabucodonosor acabara de
iniciar a sua célebre carreira de conquistas na Ásia Ocidental. Em
Carquemis ele derrotou o Faraó Neco do Egito (605 a.C) e essa vitória
mudou a história daquela época. O Egito, que tanto havia molestado Judá,
entre 608 e 605 a.C, foi, então, humilhado pelos conquistadores
caldeus. Em Judá era grande a ansiedade. A reforma de Josias, em 621,
havia sido provada como superficial. A destruição e violência eram
perpetradas pelos caldeus nas nações em geral (Hc. 1:6,10,13; 2:5-6).
Judá não havia ainda sido invadida, mas o Líbano começara a sofrer (Hc.
2:17) e o inimigo estava cada vez mais próximo, trazendo uma tremenda
insegurança à vida de Judá. Todas essas considerações reunidas
assinalam uma data pouco depois das batalha de Carquemis, ou cerca de
603 a.C.
A tradição judaica atribui o livro ao
tempo de Manassés. Outros lhe dão outras datas, sendo a última o ano 170
a.C. , no reinado de Antíoco IV. Contudo, a data que prevalece é 603
a.C, quando, ao que parece, ainda existia o primeiro templo.
IV - Análise e conteúdo - O livro
começa com um diálogo entre Javé e o profeta e em seguida narra certos
castigos que sobrevirão ao violento opressor da humanidade, concluindo
com um lindo poema de confiança em que Deus há de livrar o seu povo.
Podemos facilmente dividi-lo em 6 partes distintas e características:
1. - A queixa do profeta - (Hc. 1:2-4) - a qual começa com um desesperado lamento: “Até
quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei:
Violência! e não salvarás? Por que razão me mostras a iniqüidade, e me
fazes ver a opressão? Pois que a destruição e a violência estão diante
de mim, havendo também quem suscite a contenda e o litígio. Por esta
causa a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta; porque o ímpio
cerca o justo, e a justiça se manifesta distorcida”. Aqui se apresenta um problema de agravo à Torá, pois ninguém deve queixar-secontra Deus, mas a Deus.
Não se indaga o que significa tudo isso, pois sabe-se que é “para
juízo” e para “correção”. (V. 12). Tão pouco se indaga diretamente
porque se permite que a maldade triunfe sobre o bem, mas se pergunta o
resultado: “Até quando” a maldade assediará o justo e frustrará o seu
propósito e por que, então, Deus não intervém?
Contudo, naturalmente uma
questão se apresenta: “Quais eram os males lamentados pelo profeta
nestes versículos?” Seriam internos, isto, é, cometidos pelos hebreus
contra os hebreus em Judá? Ou seriam os efeitos funestos de um inimigo
que se aproximava ameaçando, de fora, como os caldeus? Existe uma
diferença de opiniões, mas em vista do verso 13 é mais natural pensar na
última. A iminente invasão ameaçadora dos caldeus produzia atrito,
descontentamento e discórdia, depreciando as leis e provocando a
anarquia, daí a razão do clamor de Habacuque.
2. - A resposta de Javé - (Hc. 1:5-11). O verso 5 diz: “Vede
entre os gentios e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos; porque
realizarei em vossos dias uma obra que vós não crereis, quando for
contada”, usando um método
drástico de levantamento dos caldeus para açoitar o seu povo. Estes
versos contêm uma descrição muito gráfica do caráter e das conquistas
dos caldeus, aquela “nação amarga e impetuosa, que marcha sobre a largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas”.
Nação que despojava os habitantes da terra, reunindo cativos como a
areia do mar, zombando dos reis, capturando fortalezas, tomando cidades,
a qual ousa divinizar a sua própria potência.
3. - O problema moral do profeta -
(Hc. 1:12 a 2:1) - A resposta de Javé, mesmo reforçando a fé do
profeta, cria um novo e mais sério problema moral, deixando- o perplexo:
“Não és tu desde a eternidade,
ó SENHOR meu Deus, meu Santo? Nós não morreremos. Ó SENHOR, para juízo o
puseste, e tu, ó Rocha, o fundaste para castigar. Tu és tão puro de
olhos, que não podes ver o mal, e a opressão não podes contemplar. Por
que olhas para os que procedem aleivosamente, e te calas quando o ímpio
devora aquele que é mais justo do que ele?”
(vs. 12-13). Não há providência divina! (v. 17). O problema de
Habacuque penetra a significação moral da história e da experiência de
Israel. É o problema da força dos maus contrastando com a humilhação dos
justos. Haverá solução para esse enigma somente quanto aumentar a fé do
atalaia. Porque ainda que ele veja o mundo ruindo ao seu redor, de
repente é levado de volta a uma crença firme na providência divina: “Sobre
a minha guarda estarei, e sobre a fortaleza me apresentarei e vigiarei,
para ver o que falará a mim, e o que eu responderei quando eu for
argüido” (Hc. 2:1).
4. - A resposta final de Javé -
(Hc. 2:2-4). Parado sobre o atalaia, Habacuque não precisa esperar
muito tempo pela resposta de Javé. Recebe uma visão e lhe é ordenado: “...Escreve a visão e torna bem legível sobre tábuas, para que a possa ler quem passa correndo”. O cumprimento dessa mensagem está no futuro. Por isso Javé exorta: “Porque
a visão é ainda para o tempo determinado, mas se apressa para o fim, e
não enganará; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará”
(v. 3). A figura parece ser a de uma cidade entrincheirada contra a
invasão do inimigo. O profeta sente que precisa defender um posto,
guardar um baluarte. Deste ponto alto até o fim haverá a chave do enigma
que o tem feito sofrer por tanto tempo e por ela Habacuque é inspirado a
anunciar o grande princípio moral da verdadeira religião, isto é, o
orgulho e a tirania não podem, pela sua própria natureza, perdurar.
Porém os justos que continuarem fiéis hão de sobreviver: “Eis que a sua alma está orgulhosa, não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá”
(v. 4). Em outras palavras, o futuro pertence aos justos e os que se
alimentam de soberba e arrogância não têm futuro algum. Os caldeus são
egoístas e por isso estão condenados. Os justo olham para Deus e por
isso permanecem.
5. - Uma série de cinco castigos -
(Hc. 2:5-20) - Numa série de cinco anátemas, as nações vencidas e
escravizadas erguem a voz condenando os opressores caldeus (v. 5). A
acusação de Habacuque faz lembrar as que foram proferidas por Naum
contra Nínive. O profeta crê que aqueles que os caldeus têm fustigado
por eles serão depois açoitados e que a tirania é um suicídio. Que os
caldeus são criminosos e que a injustiça conduz, necessariamente, ao
declínio de uma nação. Falando em nome das nações desoladas, ele amontoa
sobre elas uma invectiva quadruplicada e sarcástica.
1ª. Ai daquele que ambiciona novas
conquistas com o fim de ganhar despojos. Semelhante despojador será ele
mesmo despojado e como saqueou, assim também será saqueado! (Hc. 2:6-8).
2ª. Ai daquele que só se agrada da
ganância pessoal e procura engrandecer-se, tratando de assegurar apenas
os seus próprios recursos, guardando-se contra as desgraças. Semelhante
política é um suicídio e o que a favorece, no devido tempo, perde a sua
própria alma! (vs. 9-11).
3ª. Ai daquele que oprime os outros sem
escrúpulos, porque as cidades edificadas sobre a crueldade e a violência
serão destruídas (vs. 12-14).
4ª. Ai daquele que barbaramente reduz um
povo à completa impotência com o fim de gozar de sua condição de
subjugador, porque com a medida com que mediu será também medido” (vs.
15-17).
5ª. Ai daquele que invoca loucamente os
ídolos em busca de instruções. Porque a idolatria é tola e irracional e
uma imagem esculpida não é senão um mestre da mentira (vs. 18-20) Javé reina!!!
6. - Uma Ode ou rapsódia -
(cap. 3) - O terceiro capítulo de Habacuque é um dos mais lindos cantos
de louvor do Velho Testamento. É ousado no conceito, sublime no
pensamento, majestoso na dicção e puro na retórica. Ewald chama esse
capítulo de “A Ode Pindárica de Habacuque”. Ele compreende naturalmente três divisões:
1ª. Uma oração na qual roga que Javé avive a sua obra de livramento nesse tempo (Hc. 3:2).
2ª. Uma teofania – com Javé vindo a Temã e Parã, como na antiguidade (vs. 3-15).
3ª. O efeito da maravilhosa aparição de Javé produzido
sobre o profeta, a princípio só temor e suspensão, mas em seguida por
calma e confiança repletas de gozo. (vs. 26-19).
Esse poema, como os capítulos 1 e
2, foi escrito numa época de crise nacional, quando a terra estava
sendo ameaçada de invasão (Hc. 3:16). Seu sentimento concorda
admiravelmente com o das profecias não disputadas dos capítulos 1 e 2 de
Habacuque. Nessas profecias ele começa o mistério da interrogação (Hc.
1:2). No canto ele conclui com certeza e afirmação (Hc. 3:19). O mesmo
tom e caráter sublimes se complementam. O canto suplanta a mensagem do
profeta, sendo o propósito de ambos animar e conservar vivo dentro da
nação o espírito de esperança e de confiança em Deus. Por conseguinte,
ele representa Javé como vindo envolto em tronos e nuvens, a partir de
sua morada nas montanhas do deserto, para livrar o seu povo dos inimigos
deste. A teofania é somente para a salvação e livramento de Israel (v.
13) [profetizando
o que acontecerá, quando o verdadeiro Messias de Israel – Jesus Cristo -
vier em toda a sua glória, sobre as nuvens, a fim de libertar o seu
povo dos inimigos, na batalha do Armagedom.]
O argumento de Habacuque é que Aquele que tão maravilhosamente livra o
seu povo na juventude, jamais há de abandoná-lo em anos futuros. Tendo
Javé operado a redenção de Javé nos dias de Moisés e dos Juízes, há de
voltar a fazer o mesmo, naquela crise atual. Por isso o profeta aguarda
uma nova parusia de Javé, uma revelação de sua Pessoa, e uma repentina
exposição de sua glória para a salvação do seu povo. E nessa expectação
de fé, o profeta conclui com uma absoluta e ilimitada confiança em Deus,
afirmando enfaticamente que ainda todos os sinais visíveis do seu amor
venham faltar e ele fique reduzido à pobreza e à penúria, mesmo assim
ele se alegrará no Deus de sua salvação: “Porque
ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que
decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento;
ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não
haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha
salvação (vs. 17-18).
O Salmo 77:15-20 poderia ter exercido
influência na composição deste belo poema. É verdade que o salmista
mostra sinais de haver pertencido a um tempo e a um hinário da
comunidade judaica... Contudo, por não ter paralelo com outros livros
proféticos, não é preciso concluir-se que Habacuque tenha composto este
poema inspirado no Salmo 77, visto como os capítulos 1 e 2 do seu livro
provam suficientemente que ele foi, de fato, um poeta!
V - Ensino permanente - Habacuque
se contenta em anunciar apenas uma grande verdade, porém de maneira tão
magistral que esta não somente chega a ser o tema do Judaísmo como
também do Cristianismo evangélico - a doutrina da justificação pela fé.
(Hc. 2:4). Não foram Paulo, Agostinho e Lutero que ensinaram pela
primeira vez este grande princípio. Foi Habacuque quem o fez, às
vésperas da invasão de Judá pelos caldeus. Este tema pode ser
desenvolvido em vários componentes:
1º. O fato da disciplina divina - O enigma constante do Velho Testamento “não é a sobrevivência do mais idôneo, mas o sofrimento do melhor”. Em Jó foi o sofrimento de um indivíduo, em Habacuque, o de uma nação.
2º. O fato de que o mal se destrói a si mesmo -
Com uma visível arrogância, os caldeus estavam cegos quanto ao fato de
que eles eram apenas a vara da disciplina de Javé contra o seu povo.
Jeremias e Habacuque foram contemporâneos. Jeremias ensinou que a
maldade é condenada no próprio povo de Deus. Habacuque ensinou que a
maldade dos caldeus também é condenada. A tirania sempre carrega em seu
bojo as sementes da própria destruição [Um exemplo moderno é o de Sadam Hussein].
3º. O fato de que a fé é a condição da vida - “O justo viverá pela fé”.
Este é o grande ensino de Habacuque. Nele o profeta fez uma
contribuição muito original e significativa à teologia global. A fé, no
conceito do profeta, significava mais que uma simples confiança. A forma
é um abstrato feminino “emunah” dando a idéia, conforme permite o uso
da palavra em outras partes do Velho Testamento: (Êxodo 17:12; Isaías
36:6; 2 Reis 7; 1 Crônicas 9:22,26; Provérbios 12:17), do caráter que a
fé produz, isto é, fidelidade, firmeza, sofrimento, persistência,
paciência e também lealdade. E “a vida”, segundo Habacuque, não
significa uma mera prosperidade nacional, mas a segurança moral, mesmo
em meio à calamidade. Em outras palavras, uma fé viva determina o
destino: permanecendo em vida e sobrevivendo ao juízo. Habacuque, como
um filósofo, percorreu todo o caminho: desde a dúvida até a fé sublime.
Esta passagem de Hc. 2:4 é citada três vezes no Novo Testamento (Romanos
1:17; Gálatas 3:11 e Hebreus 10:37).
Habacuque ensina ainda outras lições importantes em seu livro:
1. - A vaidade da violência - “Não
és tu desde a eternidade, ó SENHOR meu Deus, meu Santo? Nós não
morreremos. Ó SENHOR, para juízo o puseste, e tu, ó Rocha, o fundaste
para castigar” (Hc. 1:12).
2. - O valor em tempo de crise -
Habacuque exorta implicitamente os seus leitores a terem valor e serem
felizes. Ele exorta a alma despojada de toda posse exterior a ser
valorosa e feliz em Deus, como o único objeto de confiança.
Aparentemente isso era inerente e, portanto natural, porque ele possuía
uma confiança sempre repleta do gozo de que o Senhor iria trazer
salvação ao seu povo.
“The Tweve Minor Prophets”, George L. Robinson
Publicado por George H. Doran Co, New York, 1926
Traduzido por Mary Schultze, março/abril 2004
Citações bíblicas da Bíblia Revisada FIEL de Almeida
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